segunda-feira, 13 de março de 2017

Alfabetização, Letramento e Cultura Escrita


Conceitos Alfabetização, Letramento e Cultura Escrita

Alfabetização
Alfabetização é o processo em que a criança passa para a aquisição e aprendizagem da leitura e da escrita. Ferreiro apud (2006) define a alfabetização como sendo uma trama de práticas voltadas a leitura e a escrita e afirma que essa não é uma tarefa para a criança cumprir em uma ano, mas ao longo da escolaridade, para que possa ler e escrever.  Piccolli e Camini (2012) destacam que os trabalhos ligados a alfabetização da leitura e da escrita ultrapassam os anos iniciais e que são responsabilidade dos professores de todas as áreas do  conhecimento.

Letramento
Podemos considerar letradas todas as pessoas que tem contato com o letramento no seu dia a dia, sendo ela alfabetizada ou não. De acordo com Piccolli e Camini (2012) o letramento envolve as funções da língua escrita e o impacto na vida social de todos os sujeitos, dessa forma o letramento ultrapassa a perspectiva escolar, pois o letramento faz parte dos espaços os quais os sujeitos circulam.

Cultura Escrita
A cultura escrita está no cotidiano de todos nós, são os materiais que constituem o mundo letrado. A criança que tem acesso a esses materiais escritos já está inserida nessa cultura escrita, mesmo que ela ainda não seja alfabetizada. ela
Diante das leituras é possível constatar que os termos alfabetização e letramento devem andar juntos e se complementarem para que se tenha uma aprendizagem com sentido. Para alfabetizar na perspectiva do letramento é preciso que os professores façam um planejamento diferenciado propiciando diversos gêneros para que a criança descubra o mundo em sua volta e perceba a importância da aprendizagem da leitura e da escrita.

Referências

PICCOLI, Luciana; Camini, Patrícia. Práticas pedagógicas em ALFABETIZAÇÃO: espaço, tempo e corporeidade. Erechim: Edelbra, 2012.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

VI Encontro Nacional das Licenciaturas, V Seminário Nacional do PIBID, V Encontro Nacional de Coordenadores do PIBID e X Seminário Institucional PIBID\PUCPR



Enalic

Participei do evento Enalic que aconteceu  em Curitiba nos dias 14,15 e 16 de dezembro.  Durante o encontro apresentei meu trabalho intitulado como "INDÍCIOS DE NÃO APRENDIZAGEM DOS ALUNOS EM PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO", trabalho esse que foi realizado a partir de um estudo bibliográfico.

O encontro teve o propósito de dialogar sobre as diferentes vivências experienciadas no cotidiano escolar, considerando diferentes espaços e tempos da formação inicial e continuada de professores para a Educação Básica.


Durante esses três dias de evento também participei como ouvinte de diversas palestras, oficinas, rodas de conversa e no encerramento do encontro assistimos a uma conferencia com Antônio Nóvoa falando sobre "Espaços e tempos na formação de professores no Século do XXI".



Ouvir, refletir e aprender...


Objetivo Geral
Aprimorar a leitura e escrita por meio de atividades referente ao livro “E o dente ainda doía” de Ana Terra.

Objetivos Específicos
Ampliar a prática de leitura e escrita;
Criar hipóteses para formação de palavras e frases;
Escrever palavras e frases espontaneamente;
Ler palavras e frases.

1º momento: Contação de história “E o dente ainda doía”.

2º momento: Conversa com os alunos sobre o que eles compreenderam da história.

3º momento: Momento para os alunos recontarem a história oralmente acrescentando elementos e argumentando sobre eles.

4º momento: Conversa sobre as palavras que apareceram na história; em grupo criar uma listagem com as palavras selecionadas.

5º momento: Criação de uma frase de acordo com a história.


Após contar a história para os alunos do livro “E o dente ainda doía”, os próprios alunos começaram a conversa sobre o livro, eles mesmos foram tirando suas conclusões sobre a história e criando novas possibilidades para a dor de dente do jacaré, personagem principal do livro.
Foi solicitado que os alunos destacassem palavras do livro e com essas palavras criassem novas frases de acordo com a temática da história. As frases criadas foram registradas no caderno, alguns alunos criaram frases mais elaboradas e coerentes com a história. Outros optaram por frases mais curtinhas.
Mais uma vez foi possível perceber os níveis de escrita de cada aluno, durante suas produções, pois cada um escreve de acordo com suas possibilidades.
Quando solicitado para que os alunos lessem as frases em voz alta, alguns perceberam seus erros de ortografia, fazendo correções, dando sentido a frase.
Teve alguns alunos que mesmo realizando a leitura da sua frase não percebeu os próprios erros, mas quando questionados sobre a escrita das palavras, pensavam em novas hipóteses para tal palavra.
A leitura em voz alta tornou-se significativa no momento em que alguns alunos conseguiram refletir sobre o que escreveram, identificando os próprios erros. Para Ferreiro e Teberosky (1999), os alunos elaboram conhecimentos sobre a leitura e escrita, passando por diferentes hipóteses, baseando-se em conhecimentos prévios, assimilações e generalizações.
Os alunos criaram suas hipóteses espontâneas e provisórias até chegarem na escrita correta das palavras e formarem suas frases de forma coerente. Conforme Ferreiro e Teberosky (1999) todos os alunos passam pelos níveis da escrita, para que assim possa estruturar a escrita e se apropriar do sistema alfabético.


FERREIRO, Emília; TEBEROSKY, Ana. Psicogênese da língua escrita. Porto Alegre: Artmed, 1999.










segunda-feira, 21 de novembro de 2016

I Encontro de Libras do Litoral Norte



No sábado dia 12 de novembro aconteceu na FACOS o I Encontro de Libras do Litoral Norte. O evento contou com a participação comunidade surda, alunos, colegas e comunidade.
Nós pibidianas do curso de Pedagogia também fomos prestigiar o evento e aprender um pouco mais sobre a cultura surda.

Durante todo o dia ouvimos muitos relatos que emocionaram, e nos fazem refletir sobre esses sujeitos que muitas vezes sofrem preconceito ou são excluídos da sociedade por não terem seus direitos garantidos.



quarta-feira, 9 de novembro de 2016

VII MOSTRA INTEGRADA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA - FACOS/2016

            
              
             VII MOSTRA INTEGRADA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA - FACOS


A VII Mostra Integrada de Iniciação Científica aconteceu na FACOS nos dias 24 e 25 de outubro.
Nos dois dias apresentei meu pôster da pesquisa bibliográfica que realizei em busca de indícios de não aprendizagem dos alunos.


"Quando alguns alunos não aprendem a ler e a escrever?”

E no segundo dia apresentei também uma comunicação oral do Projeto de Iniciação Cientifica da Facos, onde foi realizada uma pesquisa com a temática
”O fazer docente e o currículo: onde atuam e o que pensam as alunas egressas do curso de pedagogia da FACOS”.







Projeto Bom Dia Todas as Cores.


                                           Projeto Bom Dia Todas as Cores.

A turma foi dividida em quatro grupos com finalidade integrar os alunos dos diferentes níveis de escrita na proposta de elaboração frases. Os alunos identificaram sílabas, formaram palavras e criaram frases conforme os momentos seguintes:

1º momento: exposição do vídeo da história “Bom dia todas as cores” utilizando Data Show. Os alunos gostaram bastante do recurso utilizado, tanto que pediram para repetir o vídeo.
2º momento: os alunos conversaram sobre o que tinham entendido da história. 
3º momento: a turma foi dividida por grupos e cada grupo escolheu um balão. Após estourarem os balões eles se depararam com sílabas. Com estas silabas escreveram palavras, testando várias hipóteses de escrita.
4º momento: elaboraram frases com palavras e uma frase relacionada a história do vídeo. Essas frases foram registradas no caderno.
5º momento: leitura das frases elaboradas pelos alunos para socializar com os demais grupos.

6º momento: os alunos receberam o desenho do camaleão para colorir.

Os alunos do 2° ano que participaram desta proposta encontram-se em níveis diferentes de escrita. Por isso, pensando em uma interação foi planejada uma atividade em grupos mesclando alunos de diferentes níveis de escrita.
Os alunos do grupo amarelo levaram um pouco mais de tempo para conseguir elaborar as palavras e, consequentemente a frase. Eles apresentaram dúvidas e levantaram varias hipóteses para escrita das palavras até que conseguiram formar as palavras. Alguns alunos desse grupo estão no nível silábico alfabético. Escreveram palavras, faltando letras ou usando apenas uma letra para formar a sílaba. Eles criaram hipóteses para a escrita, dando conta do erro, um aluno do grupo percebeu a escrita de forma errada e fez a correção.
Os outros grupos tiveram mais facilidade para construir as palavras, grande parte dos alunos, encontram-se no nível de escrita alfabético e conseguem estabelecer coerência entre o som da palavra e das sílabas.
Uma aluna chamou atenção durante a atividade. Ela foi identificada no nível de escrita pré- silábico, apresentou muita dificuldade para reconhecer as letras e os sons correspondentes. Durante a atividade ela chorou e disse que não queria fazer, pois ela não sabia escrever frases “juntinhas”, foi preciso acalma-lá para que ela voltasse a fazer a atividade. Os colegas a ajudaram em todos os momentos para que ela ficasse integrada ao grupo.
O trabalho em grupos integrou alunos de diferentes níveis de escrita. Isso propiciou a cooperação entre eles, criaram hipóteses de escrita, pois com a ajuda do colega percebiam os próprios erros.
Ferreiro e Teberosky (1999), resalta importância das hipóteses de escrita criadas pelos alunos. Iniciam com hipóteses espontâneas, depois provisórias, até que se apropriam da escrita. As hipóteses podem ser baseadas em conhecimentos prévios ou assimilações, os níveis de escrita são um processo que todos os alunos passam até chegar ao sistema alfabético. A passagem por esses níveis de escrita, pré-silábico, silábico, silábico-alfabético, e alfabético, indica o processo de construção do conhecimento de cada aluno. Esse processo acontece gradualmente, dependendo do aluno e das intervenções propostas pela professora. 













Pintura do  personagem principal da história.



Alguns cadernos com os registros das frases elaboradas pelos alunos.









Referência:
FERREIRO, Emília; TEBEROSKY, Ana. Psicogênese da língua escrita. Porto Alegre: Artmed, 1999.